terça-feira, 5 de julho de 2011

Minutos mais tensos de um caso "proibido"

Quem nunca se envolveu com um homem comprometido, por favor, não atire a primeira pedra! Mas se posso emitir minha opinião sobre o assunto: esteja preparada, porque a chance de você passar por isso é bem grande. Ainda mais quando o rapaz inicialmente diz que não mais está comprometido. E foi assim que a minha história se desenrolou...

Eu sempre frequentei a academia com um único objetivo: fazer exercícios e (tentar) emagrecer. Achava o ambiente muito pouco propício para uma aproximação ou um flerte, ainda mais porque eu sou daquelas pessoas que não transpira, CHOVE! O exercício mais bobo que tem, se me exigir um mínimo de esforço, já tô suando. Ou seja: estou constantemente descabelada, esbaforida, com aquela cara de cansada e mais suada que todos os alunos juntos. Isso pra mim já seria motivo suficiente pra afastar todo mundo, mas como eu poderia deixar de comentar as gostosonas com as buzanfas pro alto? Aquelas que você olha e pergunta Oh Deus, por que não me fizeste assim?. Aquelas que atraem TODOS os olhares masculinos famintos e ainda os femininos, que num recalque ou outro sempre localizam uma celulite.

Mas olha, minhas amigas, tem sempre um que desanda e vai contra a maioria. E nós, pobre mortais celulitosas e gordurosas, só temos a agradecer. Ou não. Depende do ponto de vista. Anyway... Um desses rapazes da academia resolveu me notar e isso muito me surpreendeu. Eu, que antes nem tinha muitos olhos pra ele, comecei até a achá-lo muito interessante. Claro, né! No meio de todas as gostosas o cara escolhe você: low profile, gordinha, descabelada e suada. Tem que dar pontos pro rapaz, né! Ainda por cima sendo ele do time dos sarados... Ui!

Ele se interessou por mim. Eu me interessei por ele. Saímos e paramos numa lanchonete onde você pode ser atendido dentro do carro parado no estacionamento (uma das invenções gênias desse planeta). Conversamos muito, nos demos muito bem. Ficamos. E ficamos muito bem também. Tudo muito bom, tudo muito bem.

A pegaçãozinha na lanchonete rendeu um affair. A gente continuava se vendo na academia, mas não explanávamos qualquer outro tipo de relação. Continuamos saindo muitas vezes, ele me dava uma moral daquelas de massagear o ego bem gostoso, só que tinha uma coisa muito estranha no ar... Sempre que saíamos, ficávamos no carro. Nunca fomos pra nenhum bar, buatchy, festinha... Lugares públicos, mais abrangentemente falando.

Imagem: reprodução
Aquilo começou a me incomodar. Eu, ingênua que sou era, achava que era porque eu não era bonita, que ele poderia ter vergonha de mim. Comecei a pressionar pra me mostrar pro mundo, e foi nessa pressão que começaram os minutos mais tensos do meu caso “proibido”.

Já contra a parede, ele me revelou que tinha uma ex-namorada que era muito importante na vida dele e que ele não deveria se envolver com outras pessoas até decidir o que fazer com o relacionamento entre eles. Eu ouvi, compreendi e sugeri tirar meu time de campo. Ele não aceitou, disse que estava envolvido demais comigo pra me deixar ir embora naquele ponto, mas que não poderia me assumir. Cabeça pensa, pensa, pensa, pensa, pensa. E aí, qual a solução? Eu estava solteirona havia muito tempo, não via mais luz no fim do túnel, ia perder a minha lanterninha? E como numa ideia genial, sugeri que ficássemos “ficando” até que ele resolvesse voltar pra ela. Resumindo: sugeri aquilo que TODO HOMEM quer ouvir.

Isso rendeu 7 meses de um caso escondido de (quase) todo mundo. Eu, miraculosamente, não me entreguei, mas se eu disser que não me envolvi vai ser lorota das boas. É lógico que se envolve, minha gente! Você tem o conforto de uma válvula de escape garantida, acha que isso vai passar batido?

O caso acabou de uma forma mais ou menos natural. Eu cansei de ser estepe proibidão, ele arranjou outra. Mas e a ex-namorada? Não surgiu nunca mais?, alguém pode me perguntar. E a resposta você encontra no início desse post. Ela NUNCA foi ex, SEMPRE foi atual. Trocando em miúdos: eu fui a outra (embora eu não soubesse).

Muita gente pode argumentar que eu fui burra, que isso é fácil de descobrir, que eu fui enganada. Eu até concordo. Mas acho que a gente, às vezes, simplesmente tapa os olhos pro que não quer enxergar. E não é que eu me orgulhe disso, mas, sinceramente, não me arrependo. Todo mundo sabe: o que é proibido fica ainda mais gostoso.

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