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O amor preso sufoca e se transforma em sensações contraditórias. Pesaroso é sentir e não poder gritar, mostrar, sorrir.
Amar é bom, mas poder declarar é melhor ainda.
Ser mulher é ter uma eterna licença poética para se jogar em queda livre. Porque a gente ama sem cordas e correntes, livre para flutuar.
Sinto falta da cafonice de um amor que jorra palavras batidas e banalizadas. Quero o conforto das mãos dadas ao ar livre e dos beijos longos no ponto de ônibus.
Pra que amar se não se pode exalar?
O amor solitário dói, é prisioneiro das mazelas do coração.
Escondidos serão somente as palavras e carinhos íntimos, cobertos pela libido deliberada.
O sentimento, nunca mais.
(Dona Oncinha)
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